Eu acordada, ela adormecida. Soror Juana Inés e Juan Rulfo ou a nova condição poética latino-americana
DOI:
https://doi.org/10.18046/recs.i17.2072Palavras-chave:
Condição poética, Condição humana, Pensamento poético, Razão poética, Poesia, MetáforaResumo
O artigo examina a forma como Soror Juana Inés de La Cruz e Juan Rulfo, em diálogo com a tradição literária – especialmente com a obra de Dante, o gongorismo e a tradição moderna– constroem uma condição poética latino-americana. Para isso, estuda o longo Ascenso onírico de Soror Juana, em Primeiro sonho; e a história de Susana San Juan, em Pedro Páramo. Para a análise, recorre aos conceitos de resistência ao padecer e de sinais da transcendência proporcionados por Maria Zambrano em suas reflexões sobre a condição essencial do que é humano. Expõe como Soror Juana e Susana San Juan oferecem essa resistência: Soror Juana, mediante a viagem do conhecimento, a soberania do corpo, a exposição da precariedade da vida e a metáfora do Ascenso; Susana, por meio da queda, a loucura e o erotismo. Finalmente, interpreta em ambos os personagens a apropriação de sinais da transcendência: a revalorização do instante, dos sonhos e a criação-destruição do que é divino. Conclui mostrando como Soror Juana recolhe o impulso que começa na Europa com Montaigne, Bacon, o Renascimento e o Século de Ouro e propõe transformações significativas que permitem falar de uma condição poética diferente. E como Rulfo, partindo da condição mítico-religiosa americana, do não-lugar, da indefinição ontológica, se detém na imagem do Purgatório: mostra ali a consciência luminosa, o erotismo desatado e a loucura sacralizada de Susana como um alívio, uma possibilidade de fuga e de redenção humana da condenação.Downloads
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