Corpolítica: Coletiva e Projeto de Extensão LGBT. Extensão Popular e Guerrilha Estético-Política de Vivências LGBT
DOI:
https://doi.org/10.18046/recs.i32.3772Palavras-chave:
Educação, Extensão Universitária, Discriminação, Sexualidade, RaçaResumo
O texto trata das relações entre a experiência de extensão de uma coletiva LGBTI+, caracterizada pela interseccionalidade, e o poder heterocisnormativo na universidade. Relata as experiências de ensino, pesquisa e extensão do Projeto “Corpolítica” que foram construídas desde a perspectiva de uma Coletiva LGBT de mesmo nome, criada na Universidade de Brasília (UnB) em 2014. Do ponto de vista metodológico, utiliza-se da memória compartilhada, da análise documental, entrevistas etc. Propõe a reflexão sobre o lugar marginal dessa produção e a impossibilidade de, efetivamente, ocupar as posições hegemônicas, sugerindo a utilização do termo “guerrilha” como categoria compreensiva dessas estratégias. Interroga os atuais modelos de Extensão Popular, ao demonstrar que a extensão pode também reproduzir dimensões de poder da “matriz heterossexual” (Judith Butler) ou investir numa sociabilidade afetiva de (des)construção das formas tradicionais de saber, sempre marcada pelo lugar de precariedade das sujeitas envolvidas e pela efemeridade das experiências nos espaços universitários.
Downloads
Referências
Afonso, Maria Lúcia; Abade, Flávia Lemos (2008). Para reinventar as rodas. Belo Horizonte: RECIMAM.
Attina, Fulvio (1998). Guerrilha. Em Dicionário de Política (pp. 577-581), coordenado por Norberto Bobbio. Brasília: UnB.
Bagagli, Beatriz Pagliarini (2016). Afinando A Noção De “Socialização” E Refutando Algumas Distorções. Revista Transfeminismo. Recuperado de https://transfeminismo.com/afinando-a-nocao-de-socializacao-e-refutando-algumas-distorcoes/
Barbier, René (2004). A pesquisa-ação. Brasília: Líber Livro.
Bizzotto, Luciana; Nascimento, Júlia; Gonçalves, Raquel (2014). O Espaço e o Poder: por uma práxis no planejamento urbano autônomo. Revista Paranaense de Desenvolvimento, 35(126), 131-145.
Blanca, Rosa Maria (2011). Arte a partir de uma perspectiva queer arte desde lo queer. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina.
Butler, Judith (2013). Problemas de gênero: feminismo e subversão de identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.
Cardoli, Jefie (2019a). Divisores de Águas. Em Corpolítica – contranormatividades periféricas (pp. 42-43), coordenado por Evandro Piza Duarte. Brasília: Edição do autor.
Cardoli, Jefie (2019b). O Não-lugar Que Eu Ocupo. Em Corpolítica – contranormatividades periféricas (pp. 49), coordenado por Evandro Piza Duarte. Brasília: Edição do autor.
Cardoli, Jefie (2019c). Um corpo em fuga: dissidência à normatividade compulsória. Em Corpolítica – contranormatividades periféricas (pp. 51-52), coordenado por Evandro Piza Duarte. Brasília: Edição do autor.
Carneiro, Taya (2019). Escurecimentos. Em Corpolítica – contranormatividades periféricas (pp. 82-83), coordenado por Evandro Piza Duarte. Brasília: Edição do autor.
Cassal, Luan Carpes Barros; Zucco, Luciana Patrícia (2010). Diversidade Sexual e Gênero na Escola: Uma Experiência de Extensão no Rio de Janeiro. Extensão em Foco, 5, 15-23.
Collins, Patrícia (2016). Aprendendo com a outsider within: a significação sociológica do pensamento feminista negro. Revista Sociedade e Estado, 31(1), 99-127.
Cuello, Juan Nicolás (2013). Serigrafistas queer (2007-2012): subjetividades deseantes en permanente vibración. Trabalho apresentado em IX Jornadas Nacionales de Investigación en Arte en Argentina, La Plata.
Piza-Duarte, Evandro (org.) (2019). Corpolítica – contranormatividades periféricas. Brasília: Edição do autor.
Enricone, Délcia; Grillo, Marlene (2005). Educação superior: vivências e visão de futuro. Porto Alegre: EDIPUCRS.
Foucault, Michel (1985). Microfísica do Poder. Petrópolis: Vozes.
Foucault, Michel (1999) História da sexualidade: A vontade de saber. Rio de Janeiro: Graal.
Freire, Paulo (1985). Extensão ou Comunicação. Rio de Janeiro: Paz e Terra.
Freire, Paulo (1996). Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra.
Gama, Mariah (2019). Um Mergulho em Mim Mesma: a mulheridade e o amor. Em Corpolítica – contranormatividades periféricas (pp. 60-61), coordenado por Evandro Piza Duarte. Brasília: Edição do autor.
Grossi, Paolo (2005). O ponto e a linha - História do direito e direito positivo na formação do jurista do nosso tempo. Revista Sequência, 51, 31-45.
Lionço, Tatiana; Tavira, Larissa Vasques; Baére, Felipe de; Portela, Raquel de Souza (2016). Escuta Diversa: Análise da implementação de um serviço de acolhimento e de articulação de rede de proteção para a comunidade LGBT da UNB. Trabalho apresentado em #4 Seminário Internacional de Educação e Sexualidade. #2 Encontro Internacional de Estudos de Gênero. Fundamentos e Violências: “O que temos feito de nós?”, Vitória: UFES.
Louro, Guacira Lopes (2001). Teoria Queer: uma política pós-identitária para a educação. Revista Estudos Feministas, 9, 542-546.
Marcuzzo. Patrícia (2008). Diálogo Inconcluso: Os conceitos de dialogismo e polifonia na obra de Mikhail Bakhtin. Cadernos do IL, 36.
Piscitelli, Adriana (2008). Interseccionalidades, categorias de articulação e experiências de migrantes brasileiras. Sociedade e Cultura, 11(2), 263-274.
Reis, Roberto Alves; Dias, Jacson; Benitez, Gael (2016). A experiência do projeto de extensão Una-se contra a LGBTfobia: ações a favor de uma cultura do respeito à diversidade sexual e de gênero no ambiente universitário. Revista Científica das áreas de História, Letras, Educação e Serviço Social do Centro Universitário de Belo Horizonte, 9(2), 74-82.
Ribeiro, Djamila (2017). O que é lugar de fala? Belo Horizonte: Letramento.
Rossi, Paolo (2010). O Passado, a Memória e o Esquecimento. São Paulo: Unesp.
Sedgwick, Eve Kosofsky (2007). A epistemologia do armário. Cadernos Pagu, 28, 19-54.
Silva, Aline Pacheco; Barros, Carolyne Reis; Nogueira, Maria Luisa Magalhães; Barros, Vanessa Andrade (2007). Conte-me sua história: reflexões sobre o método de História de Vida. Mosaico - estudos em psicologia, 1(1), 29-30.
Spivak, Gayatri (2010). Pode o subalterno falar? Belo Horizonte: UFMG.
Vergueiro, Viviane (2016). Por inflexões decoloniais de corpos e identidades de gênero inconformes: uma análise autoetnográfica da cisgeneridade como normatividade (Tese de mestrado). Universidade Federal da Bahia, Salvador, Brasil.
Virilio, Paul (1999). A bomba informática. São Paulo: Estação Liberdade.
Virilio, Paul (2015). Estética da desaparição. Rio de Janeiro: Contraponto.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Evandro Piza Duarte, Gabriel Santos Pereira, Gustavo Costa, Jefie Cardoli, Maria Léo Araruna
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
© Direitos autorais reservados
O material desta publicação pode ser reproduzido sem autorização, desde que o título, o autor e a fonte institucional sejam citados.
O conteúdo publicado na Revista CS é distribuído sob a licença Creative Commons BY-NC 4.0 Attribution/Attribution-NonCommercial 4.0 International.
Você tem o direito de:
Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato.
Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material.
De acordo com os termos seguintes:
Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado , prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas . Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
NãoComercial — Você não pode usar o material para fins comerciais.